ABAPORU
ANTROPOFAGIA
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'.
|
Abaporu - 1928 |
Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro. (Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
TARSILA DO AMARAL
INFÂNCIA E APRENDIZADO
Tarsila do Amaral
nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado
de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de
Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio
Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado
Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com
quem teve a única filha, Dulce. Separaram-se alguns
anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com
escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de
Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar
em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e
soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas
da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo
modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o
grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e
Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas,
conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes
ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e
Oswald foi encontrá-la.(Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
1923
Neste ano, Tarsila
encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta
franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense
para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e
pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'.
|
A Negra - 1923 |
Léger ficou entusiasmado e até chamou
os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com
sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das
crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila
entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com
Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila
pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric
Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa
Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes
Penteado. Tarsila oferecia
almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era
convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário
Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época,
como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha
que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.(Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
|
Manteau Rouge - 1923 |
|
Eliane Giardini Como Tarsila do Amaral em "Um Só Coração" |
PAU BRASIL
Em 1924, Blaise
Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no
Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No
grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de
Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que
gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela
não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me
depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão,
passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo
vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim
como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país,
além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do
Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros
maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', (Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
|
Carnaval em Madureira - 1924 |
'Morro da Favela',
|
Morro da Favela - 1924 |
'EFCB',
|
Estrada de Ferro Central do Brasil - 1924 |
'O
Mamoeiro',
|
O Mamoeiro |
'São Paulo',
|
São Paulo |
'O Pescador', dentre outros.
Em 1926, Tarsila fez
sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável.
Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em
1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald).
Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador
de São Paulo na época, foram os padrinhos deles. (Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
Outros quadros desta
fase Antropofágica são:
'Sol Poente',
|
Sol Poente - 1928 |
'A Lua',
|
A Lua - 1928 |
'Cartão Postal',
|
Cartão Postal - 1929 |
'O Lago',
|
O Lago - 1929 |
'Antropofagia',
|
Antopofagia - 1929 |
etc.
Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além
das cores fortes.
A artista contou que
o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de
monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em
1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica
dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.
Ainda neste ano de
1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim
a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas
hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald. (Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
SOCIAL E NEO PAU BRASIL
Em 1931, já com um
novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se
com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido
Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se
envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'.
|
Operários - 1933 |
Desta fase Social,
temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não
fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o
namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís
Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos
Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950,
ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda',
|
Paisagem |
|
Paisagem com Touro |
'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'.
|
O Batizado de Macunaíma |
Em 1949, sua única neta Beatriz
morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis. Tarsila participou da
I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e
participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história
da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de
pintura'. A filha faleceu antes dela, em 1966. Tarsila faleceu em
janeiro de 1973. (Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)
Mais Obras de Tarsila do Amaral.
|
A Caipirinha - 1923 |
|
A Feira II - 1925 |
|
Auto-Retrato 1924 |
|
Distância - 1928 |
|
Palmeiras - 1925 |
|
Passagem de Nível - 1965 |
|
Praia - 1947 |
|
Primavera - 1946 |
|
Obras Diversas de Tarsila do Amaral |
(Fonte:http://lealtudo.blogspot.com.br/2011/09/tarsila-do-amaral-google-homenageia-com.html)