FORMAS DE RELEVO DO BRASIL
Depressão
é uma forma de relevo mais plana que o planalto e sem
irregularidades, que tem leve inclinação e altitude que pode ir de 100 a 500 metros. Um exemplo
geral de depressão são crateras. Apresentam altitudes mais baixas
do que as áreas ao redor.
Planície
é uma grande área geográfica com
pouca ou raramente com nenhum tipo de variação de altitude, como um deserto ou
um pântano. São superfícies com
formações relativamente novas se comparados com outras formas de relevo e que
apresentaram pequenos movimentos na crosta, sendo quase completamente
aplainadas.
Planalto
é a classificação dada a uma forma
de relevo constituída por uma superfície
elevada, com cume mais ou menos nivelado, geralmente
devido à erosão eólica
ou pelas águas. É convencionado designar de planalto apenas as formações com
altitudes maiores que 300 metros.
Recentemente com os
levantamentos detalhados sobre as Características geológicas, geomorfólogicas, de solo, de hidrografia e vegetação do
país, foi possível conhecer mais profundamente o relevo brasileiro e chegar a
uma classificação mais detalhada, proposta, em 1989, pelo conceituado professor Jurandyr Ross, do Departamento
de Geografia da Universidade de São Paulo. Na classificação de Ross, são consideradas três
principais formas de relevo: Depressões, Planícies
e Planaltos.
DEPRESSÕES NO BRASIL
Nos limites das bacias com os
maciços antigos, processos erosivos formaram áreas rebaixadas, principalmente
na Era Cenozóica. São as depressões que
recebem nomes diferentes, conforme suas características e localização.
§
Depressões periféricas:
Nas regiões de contato entre
estruturas sedimentares e cristalinas, como, por exemplo, a Depressão
Periférica Sul-Rio-Grandense.
§
Depressões marginais:
Margeiam as bordas de bacias
sedimentares, esculpidas em estruturas cristalinas, como a Depressão Marginal
Sul-Amazônica.
§
Depressões interplanálticas:
São áreas mais baixas em relação aos
planaltos que as circundam, como a Depressão Sertaneja e do São Francisco.
PLANÍCIES NO BRASIL
Nessa classificação grande parte do
que era considerada planície passou a ser classificada como depressão marginal.
Com isso as unidades das planícies ocupam agora uma porção menor no território
brasileiro. Podemos distinguir:
§
Planícies costeiras:
Encontradas no litoral como as
Planícies e Tabuleiros Litorâneos.
§
Planícies continentais:
Situadas no interior do país, como a Planície do
Pantanal. Na Amazônia, são consideradas planícies as
terras situadas junto aos rios. O professor Aziz Ab'Saber já fazia esta distinção, chamando as
várzeas de planícies típicas e as outras áreas de baixos-platôs.
PLANALTO NO BRASIL
Compreendem a maior parte do
território brasileiro, sendo a grande maioria considerada vestígios
de antigas formações erodidas. Os planaltos são chamados de "formas
residuais" (de resíduo, ou seja, do que ficou do relevo atacado pela
erosão). Podemos considerar alguns tipos gerais:
§
Planaltos em bacias sedimentares,
Como o Planalto da Amazônia
Oriental, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba e os Planaltos e
Chapadas da Bacia do Paraná. Podem ser limitados por depressões periféricas,
como a Paulista, ou marginais, como a Norte-Amazônica.
§
Planaltos em intrusões e coberturas residuais da plataforma (escudos):
São formações antigas da era
Pré-Cambriana, possuem grande parte de sua extensão recoberta por terrenos
sedimentares. Temos como exemplos os Planaltos Residuais Norte-Amazônicos,
chamados de Planalto das
Guianas nas
classificações anteriores.
§
Planaltos em núcleos cristalinos arqueados.
São planaltos que, embora isolados e
distantes um dos outros, possuem a mesma forma, ligeiramente arredondada.
Podemos citar como exemplo o Planalto da Borborema.
§
Planaltos dos cinturões orogênicos:
São os planaltos que ocorrem nas
faixas de orogenia antiga correspondem a relevos residuais por litologias
diversas, quase sempre metamórficas associadas a intrusivas. Estas unidades estão
em áreas de estruturas dobradas correspondentes aos cinturões
Paraguai-Araguaia, Brasília e Atlântico. Nesses planaltos encontram se inúmeras
serras, associadas a resíduos de estrutura dobradas intensamente, atacados por
processos erosivos. Tem-se como exemplo; os planaltos e serras do Atlântico
leste-sudeste, os planaltos e serras de Goiás-Minas e As Serras residuais do
alto Paraguai.